O processo de envelhecimento é multifatorial e está relacionado a fatores extrínsecos, como a exposição à radiação solar, poluição, tabagismo, estresse, hábitos de vida e alimentares etc.; e a fatores intrínsecos, que estão relacionados com a nossa genética, por exemplo.
Em relação aos fatores intrínsecos, sabemos que com o passar dos anos nosso corpo todo envelhece, assim como a face. Progressivamente, vamos sofrendo um processo de reabsorção óssea e também dos compartimentos de gordura que dão sustentação à musculatura e pele da nossa face. Além disso, estas estruturas também vão sofrendo uma ptose (vão despencando, literalmente rs), e com isso ocorrem alterações estruturais que manifestam alguns sinais do envelhecimento facial.
Exemplificando: as bolsas de gordura da área dos olhos vão se tornando mais aparentes porque ocorre reabsorção dos ossos da órbita (cavidade dos olhos), e elas vão se deslocando para baixo. Nas bochechas, a flacidez da porção central (próxima ao nariz) provoca acúmulo de gordura na região anterior e inferior (algumas pessoas chamam de “buldogue”), e diminuição da gordura nas porções lateral e superior. Essas alterações resultam em sulcos nasolabiais (bigode chinês) profundos e depressão na área submalar (abaixo da maçã do rosto). Por isso, algumas pacientes vêm com a seguinte queixa: “meu rosto está derretendo!”.
Além disso, ao longo dos anos, o estresse oxidativo causado pelos fatores extrínsecos citados acima vai causando destruição progressiva das fibras colágenas e elásticas da pele, e a nossa produção endógena também cai exponencialmente.
Entendendo melhor este processo de envelhecimento, chegamos à conclusão de que os cuidados devem ser diários e precoces, preventivos. E, para não ficarmos tristes com isso tudo, devemos lembrar que envelhecemos porque estamos vivos (graças a Deus) e também que, com o grande avanço da medicina e dermatologia, conseguimos combater todas as etapas deste processo atualmente!
